terça-feira, 12 de novembro de 2013

SALA DE ESTAR REESTREIA EM SP

GRUPO SOBREVENTO PESQUISA A FRAGILIDADE HUMANA: LEMBRANÇAS E SEGREDOS EM CENA


SALA DE ESTAR, o mais recente espetáculo do SOBREVENTO será apresentado de 19 de julho a 31 de agosto em São Paulo. As apresentações acontecem aos sábados e domingos, às 18h e 20h, com ENTRADA FRANCA, no Espaço Sobrevento (Rua Coronel Albino Bairão, 42, próximo ao Metrô Bresser-Mooca). SALA DE ESTAR é um espetáculo itinerante onde os espectadores só precisam dar alguns passos para lá ou para cá, em uma arena onde as cenas acontecem em torno do público: uma experiência que lembra uma instalação plástica e que garante à montagem um clima de intimidade e proximidade. A temporada faz parte do Projeto O Teatro de Casa vai à Praça realizado pelo PROGRAMA MUNICIPAL DE FOMENTO AO TEATRO PARA A CIDADE DE SÃO PAULO. Mais informações e reservas pelo telefone (11) 3399-3589 ou pelo e-mail info@sobrevento.com.br


Em janeiro de 2012, a companhia criou núcleos de estudo para se debruçar sobre a dramaturgia no Teatro de Animação voltado ao público adulto, aprofundando-se na questão da fragilidade. A partir do mote escolhido, o grupo criou uma encenação que traz ao espectador seis cenas, seis estações cênicas onde são desenvolvidas histórias cujo estopim partiu de um segredo, uma confissão do ator. Cada intérprete, ainda na fase da pesquisa, foi instado a confessar um segredo, algo que, emocionalmente, fizesse diferença na trajetória de vida deles. Brotou, nesse momento, junto com o tom confessional, a fragilidade do ser humano.



A partir da ótica de cada um dos atores, são compartilhados com o público, com delicadeza e singeleza, as lembranças e segredos – nem sempre verdadeiros – adormecidos em suas memórias. Para o desenvolvimento da ideia, os atores se valem de objetos – gaveteiros, escrivaninhas, sofás, chapeleiros, bloquinhos, cartas – para, junto com a dramaturgia, dar corpo e voz à fragilidade de cada um dos personagens.


Sala de Estar foi criado a partir das possibilidades e limitações do Teatro de Objetos, a vertente mais moderna do Teatro de Animação. Essa técnica trabalha com objetos prontos, ready-mades, no lugar de bonecos, deslocando-os da sua função (mas sem transformar a sua natureza), para explorar uma dramaturgia que se vale de metáforas, símbolos e figuras de linguagem, em lugar da manipulação propriamente dita.



Para acompanhar a pesquisa desenvolvida, o Grupo Sobrevento convidou grandes nomes internacionais: Agnés Limbos, da La Gare Central, uma das mais importantes companhias de teatro da Europa, sediada na Bélgica e Antônio Catalano, ator italiano dos mais originais e interessantes da atualidade, fundador da Casa Degli Alfieri situada nas colinas de Monferrato (província de Asti, norte da Itália).

Dramaturgia e Concepção da Montagem

A pesquisa do novo espetáculo teve como ponto de partida a exploração da linguagem do Teatro de Objetos, cruzando-a com o tema fragilidade. Na primeira fase, o grupo investigou as possibilidades da construção de uma dramaturgia intimista e delicada a partir dos objetos. A partir de depoimentos pessoais dos atores, foram criadas improvisações baseadas nas suas relações com seus objetos.

Nasceu, desse processo confessional, a dramaturgia do espetáculo, baseada nos depoimentos pessoais e que resultou em seis cenas, que transitam entre a verdade e a mentira, a confissão e a ilusão, cada uma delas feita por um ator. A encenação ocupa todo o galpão do Espaço Sobrevento, dividido como se fossem recortes de salas de estar de diferentes épocas.


O iluminador Renato Machado e o figurinista João Pimenta, responsáveis pela ambientação das cenas, buscaram convergir o teor dramático dos depoimentos pessoais de cada ator com o aspecto visual.

Ficha Técnica:

Criação: Grupo Sobrevento
Direção: Luiz André Cherubini
Dramaturgia e interpretação: Sandra Vargas, Sueli Andrade, Roberta Nova Forjaz, Liana Yuri, Daniel Viana e Mauricio Santana. 
Figurino: João Pimenta
Assistente de figurino: Marcelo Andreotti
Iluminação: Renato Machado
Cenário: Luiz André Cherubini
Técnico de Luz: Marcelo Amaral
Técnico de Som: Agnaldo Souza
Cenotécnico e adereços: Agnaldo Souza e Mandy
Video Mapping: Christian Lins
Fotos: Marco Aurelio Olimpio
Assistentes de confecção: J. E. Tico, Léia Izumi e Alexandre Teizen

Serviço
Temporada: de 19 de Julho a 31 de agosto de 2014sábados e domingos, às 18h e 20h
Entrada Franca. 30 lugares. Informações e reservas: info@sobrevento.com.br, (11) 3399-3589
Espaço Sobrevento. Rua Coronel Albino Bairão, 42 - Metro Bresser-Mooca 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

SÃO MANUEL BUENO, MÁRTIR REESTREIA EM SP

ÚLTIMO FINAL DE SEMANA!





Indicado ao Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) nas categorias Melhor Espetáculo e Direção, o mais recente espetáculo do SOBREVENTO, destinado ao público adulto, será apresentado de 12 de outubro a 10 de novembro, no Espaço Sobrevento, com ENTRADA FRANCA

(Fotos gentilmente cedidas por Lauro Medeiros)

Um dos destaques da temporada, SÃO MANUEL participou recentemente do FILO 2013 e foi considerado um dos melhores espetáculos do festival. A peça estreou em 17 de janeiro em São Paulo e seguiu em turnê por Campo Grande, Rio de Janeiro, Fortaleza, João Pessoa e Recife. Em junho, participou da Mostra Sesc Teatro de Animação. A montagem foi realizada graças ao Ministério da Cultura e ao patrocínio da Petrobras, através da Lei de Incentivo à Cultura.

A temporada, que encerra a Mostra Fragilidade, realizada pelo Programa de Fomento ao Teatro, acontece aos sábados e domingos, 20h, na Rua Coronel Albino Bairão, 42, a duas quadras do Metrô Bresser-Mooca. Haverá sessões extras às 18h nos dias 26 e 27 de outubro, 2, 3, 9 e 10 de novembro. Os ingressos são gratuitos e podem ser reservados pelo e-mail info@sobrevento.com.br - são apenas 68 lugares por sessão.


PRIMEIRA ENCENAÇÃO DO MELHOR ROMANCE DE UNAMUNO

O texto foi escrito em 1930 pelo poeta, filósofo e escritor Miguel de Unamuno (1864-1936), reconhecido, não só pela qualidade de sua obra, mas também pelos sucessivos ataques à monarquia da Espanha. Nunca antes encenado, “São Manuel Bueno, Mártir” transformou-se em uma peça, dirigida ao público adulto, que conta a história de Dom Manuel (vivido por Maurício Santana), um padre que duvidava da vida após a morte e da própria existência de Deus. Através da narrativa confessional e em primeira pessoa de Ângela (Sandra Vargas), o texto embrenha-nos no drama íntimo do pároco, que está prestes a ser beatificado. Lázaro (Luiz Cherubini), irmão de Ângela, acaba de voltar dos EUA para a pequena cidade onde nasceu e tenta convencer Ângela a ir embora daquele lugar onde, segundo o personagem, “as mulheres mandam nos homens e os padres mandam nas mulheres”. Mas ela se recusa, convencida de que há questões a serem resolvidas por lá. A trama gira em torno do relacionamento desses três personagens: Ângela ganha profunda admiração e gratidão por Dom Manuel, que se transforma, de um mártir, em uma espécie de santo, apesar – ou justamente por causa – de sua dúvida e falta de fé.


MIGUEL DE UNAMUNO: A FÉ CEGA E A FACA AMOLADA

Polêmico, Miguel de Unamuno (Bilbao, 1864 – Salamanca, 1936) foi filósofo, ensaísta, dramaturgo, romancista e poeta: sua obra literária gira em torno de três temas dominantes: o homem, a imortalidade e a Espanha. Paradoxal e contraditória, sua visão particular do mundo e a defesa apaixonada das suas ideias transformaram-no no centro de todas as polêmicas políticas e religiosas de seu tempo. Entre suas obras, destacam-se A Tia Tula, A Vida de Dom Quixote e Sancho e Niebla. Era praticamente uma versão real do próprio Dom Manuel: era um cético, mas tinha muita fé; criticava a Igreja e a fé cega, mas defendia que não poderíamos ser totalmente descrentes. “Chegamos a um espetáculo muito simples e muito delicado. Não queremos, nele, fazer uma demonstração de virtuosismo; não queremos impressionar, surpreender; não queremos falar da força, da vitalidade, da modernidade do Teatro de Animação; mas expor as nossas dúvidas, as nossas angústias, as nossas questões, a nossa fragilidade. A dúvida - que é o cerne deste espetáculo e do próprio texto que lhe deu origem – é, para nós, a melhor contribuição que o Teatro de Animação pode dar ao Teatro e que nós, artistas, podemos oferecer ao público”, explica Luiz André Cherubini, ator e diretor do espetáculo.


UMA MONTAGEM MUITO POUCO ORTODOXA

A montagem realizada pelo SOBREVENTO é pouco ortodoxa. Acontece em uma arena ocupada por uma mesa redonda, que representa o mundo. No centro dela, bonecos de madeira estáticos, fixos, sem qualquer articulação, confeccionados pelo escultor Mandi. São pelo menos 30 bonecos que representam os personagens da trama e o povo da pequena cidade onde se desenrola a história. Os três atores-manipuladores, representando os personagens Dom Manuel, Angela e Lázaro, movimentam estes bonecos como se fossem peças de xadrez ou figuras de um presépio. A trilha sonora do espetáculo, realizada ao vivo, foi criada especialmente pelo pernambucano Henrique Annes, um dos fundadores do Movimento Armorial, virtuoso do violão recifense e que comemora os seus 50 anos de carreira. A música de Annes, que transita entre o erudito e o popular, é executada por três músicos, ao violão, violoncelo e bandolim. “Ao longo do espetáculo, as figuras (bonecos) vão perdendo a sua forma, se decompondo, ficando cada vez mais distantes do figurativismo original, como em um livro, molhado pela água. O jogo de movimentação das figuras lembra um jogo de criança ou às vezes uma maquete, mas não há uma manipulação propriamente dita ou uma técnica de animação”, diz a atriz Sandra Vargas. Os espectadores presenciam um jogo, invadem a intimidade da cena e formam uma espécie de assembléia. O espaço cênico é uma espécie de poço escuro e o tampo da mesa é o própio palco do espetáculo.
Esta é a 19ª montagem do Grupo Sobrevento, com 27 anos de carreira e um dos maiores expoentes brasileiros do Teatro de Animação. O espetáculo conta, ainda, com a delicada iluminação de Renato Machado, uma instalação cênica de abertura (que leva o nome de Povo Frágil) do renomado artista plástico italiano Antonio Catalano, ambientação e orientação cenográfica de Telumi Hellen, figurino de João Pimenta, preparação cenotécnica e mecanismos de Agnaldo Souza e encenação de Luiz André Cherubini, que atua no espetáculo ao lado de Maurício Santana e Sandra Vargas.


O TEATRO DE BONECOS PARA ADULTOS

O Teatro de Animação moderno é uma ampliação dos limites que o senso-comum estabeleceu, preconceituosa e equivocadamente, para o Teatro de Bonecos. Espalhado por todas as épocas e por todos os lugares do mundo, o Teatro de Animação funde linguagens cênicas, mistura modernidade e tradição, mistura erudição e popularidade, tem como palco qualquer espaço e tem como alvo públicos de todas as idades e grupos sociais, um de cada vez ou todos de uma só vez. Em São Paulo, no entanto, vemos poucos espetáculos que exploram a linguagem do Teatro de Animação para adultos, por sua inviabilidade econômica, o que, muitas vezes, não acontece quando o Teatro de Animação se dirige ao público infantil. O SOBREVENTO é um dos poucos Grupos de Teatro de Animação do Brasil que se têm dedicado ao público adulto e, sempre, com grande profundidade e êxito. O Grupo tem lutado por difundir a ideia de que o Teatro de Bonecos deve ser antes Teatro e depois de Bonecos e que toda técnica deve estar a serviço daquilo que se quer dizer. Dominando um grande número de técnicas de animação, o Grupo montou, entre outros, os espetáculos SUBMUNDO, UBU!, O THEATRO DE BRINQUEDO, BECKETT, O CABARÉ DOS QUASE-VIVOS, QUASE NADA e ORLANDO FURIOSO, apresentados em quase todos os estados do Brasil e em países de quatro continentes.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Primeiro Olhar: II Festival Internacional de Teatro para Bebês




 
Programação do Espaço Sobrevento

Programação do CLAC - São Bernardo do Campo



O Grupo Sobrevento realiza, de 23 de agosto a 16 de setembro, o PRIMEIRO OLHAR – II FESTIVAL INTERNACIONAL DE TEATRO PARA BEBÊS. A programação tem ENTRADA FRANCA e reúne as Cias. La Casa Incierta (Madri-Espanha), Teater Refleksion (Aarhus-Dinamarca), Les Incomplètes (Québec-Canadá), Cia. Pés Pequenos e Grupo Sobrevento (São Paulo-Brasil), que apresentam espetáculos, participam de mesas-redondas e coordenam oficinas no CLAC – Centro Livre de Artes Cênicas de São Bernardo do Campo, no Espaço Sobrevento e em Centros Educacionais Unificados (CEUs) de São Paulo. Voltados para o público de seis meses a quatro anos, os espetáculos mostram um teatro surpreendente, provocador, poético, comovedor, moderno, que mostra a maturidade alcançada pela Arte voltada para e a primeira infância e os novos caminhos teatrais que ela aponta.

Há cerca de oito anos, o SOBREVENTO pesquisa o Teatro para Bebês e mantém um intercâmbio artístico com a Cia. La Casa Incierta, pioneira do gênero na Espanha. O grupo vem realizando palestras, debates, encontros e oficinas, vem promovendo apresentações de companhias estrangeiras no país e realizou um Festival e um Ciclo Internacionais de Teatro para Bebês nas cidades de São Bernardo do Campo, Rio e Brasília. Longe de ser uma aventura, esta iniciativa desbravadora parte de um dos mais respeitados grupos teatrais brasileiros e sua seriedade é assegurada por uma carreira sólida de 27 anos, ao longo dos quais o SOBREVENTO tem colecionado os principais prêmios do país e conquistado um público fiel.

O TEATRO PARA BEBÊS é uma proposta pioneira no Brasil, onde enfrenta muito preconceito (que cai por terra quando se presencia a reação dos bebês e de seus pais aos espetáculos). Vem ganhando espaços cada vez maiores, mundialmente. Parte do princípio de que a capacidade poética nasce com o ser humano e de que os bebês têm direito à Cultura e ao convívio social. Acredita que um bebê não é uma tabula rasa e que a comunicação com ele é possível, importante, necessária, desde o primeiro dia de vida, vida que começa antes do nascimento. Sabe que os bebês entendem tudo o que é importante, mesmo antes de aprender as regras, gramaticais, de boas maneiras, de convívio social, dentre muitas outras. Não associa entendimento a raciocínio lógico. Questiona o Teatro que o Teatro se tornou e lembra que temos mais a aprender com os bebês que a ensinar-lhes. Lembra que Teatro é comunhão, jogo, encontro, um espaço sagrado de festa e de descobrimentos. Impele-nos a olhar velhas coisas como pela primeira vez e a redescobrir a capacidade de nos maravilhar que já tivemos e que ainda podemos recuperar.

Os espetáculos têm duração de 30 a 45 minutos e destinam-se a um bebê com um acompanhante, em um total de 40 lugares para bebês e 40 lugares para acompanhantes, por sessão. Um acompanhante extra ou outro espectador poderá ser admitido, caso haja disponibilidade de lugares, por ordem de chegada e a critério da produção. O Espaço Sobrevento conta com toda a estrutura para receber bebês e seus pais – assentos especiais para bebês, trocador, assentos sanitários infantis nos banheiros e brinquedoteca, além de um estacionamento para carrinhos de bebê.

O Festival Primeiro Olhar promoverá durante quatro semanas 40 apresentações de 6 espetáculos, duas mesas-redondas e uma Oficina de Teatro para Bebês, destinada a artistas, pesquisadores e educadores.

O projeto é uma realização do Grupo Sobrevento e conta com o apoio do Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Cultura – Programa de Ação Cultural – 2012, Prefeitura de São Bernardo do Campo, Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo, Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, Instituto Cultural da Dinamarca, Ministério das Relações Exteriores da Dinamarca, Ministério da Cultura da Dinamarca, Agência de Arte da Dinamarca, Conselho de Arte da Dinamarca, Canal Curumim, Escritório do Governo do Québec em São Paulo, Conselho de Artes e Letras do Québec (CALQ), Ville de Québec, INAEM – Instituto Nacional de las Artes Escénicas y de la Música – Governo da Espanha e FIL – Festival Intercâmbio de Linguagens.

PROGRAMAÇÃO DO ESPAÇO SOBREVENTO

24 e 25 de agosto, 16h
GRUPO SOBREVENTO | SP_BRASIL
Espetáculo BAILARINA

Uma mulher recebe de presente, de sua filha, uma caixinha de música, com uma bailarina. Entre colares e a dança da bailarina, ela se lembra dos sonhos esquecidos e abandonados e questiona o equilíbrio que buscou e que encontrou. Esta conquista, porém, afastou-a do risco, do medo, da queda e das emoções mais profundas que sua filha – agora, do mesmo modo que quando era pequena – teima em despertar. Bailarina é um espetáculo muito íntimo e delicado, feito de silêncios, ações físicas, utilização de objetos, valorização das mínimas ações: pequenas coisas que, na relação com a primeira infância, tomam uma dimensão muito maior.


31 de agosto e 1º de setembro, 16h
CIA. LA CASA INCIERTA | MADRI_ESPANHA
Espetáculo CAFÉ FRÁGIL (Desayuno Fragil)

Café Frágil é um espetáculo de teatro de objetos criado a partir do universo do multiartista italiano Antonio Catalano – do grupo Casa degli Alfieri, fruto de um projeto interativo entre teatro e artes visuais. O espetáculo revela, com um jogo de sombras e objetos, um universo mágico presente no cotidiano de todos. A Companhia vem ao Brasil graças ao apoio do INAEM - Instituto Nacional de las Artes Escénicas y de la Música, da Espanha.


7 e 8 de setembro, 14h30 e 16h
GRUPO SOBREVENTO | SP_BRASIL
Espetáculo MEU JARDIM

Entediado, em meio a um deserto, um viajante decide criar um jardim. Mas como fazê-lo? A partir do texto da autora belga de origem iraniana Mandana Sadat, o Grupo Sobrevento compõe um espetáculo que fala de esperança, de sonho, do desejo e da possibilidade de transformar o mundo, em uma paisagem que poderia ser o Irã, como poderia ser o Brasil. A montagem utiliza elementos visuais e sonoros próprios da cultura brasileira, que a aproximam da cultura iraniana e que, curiosamente, parecerão familiares a cidadãos de todo o mundo.


14 e 15 de setembro, 16h
LES INCOMPLÈTES | QUÉBEC_CANADÁ
Espetáculo EDREDON

Edredon é uma reflexão na hora em que se põe a cabeça no travesseiro sobre vários temas tais como intimidade, sonhos, relacionamentos e espaços desconhecidos. Primeiro trabalho criado pela Companhia Incomplètes, encenado bem próximo ao público e repleto de sensações, poesia, sombras, projeções, luz e música. O espetáculo vem ao Brasil, em parceria com o FIL, graças ao apoio do Escritório do Governo do Québec em São Paulo, do Conselho de Artes e Letras do Québec (CALQ) e da Ville de Québec.



16 de setembro, 19h – ENCERRAMENTO DA MOSTRA
MESA-REDONDA “O Ator no Teatro para Bebês – Caminhos para uma Comunicação Poética” - GRUPO SOBREVENTO e CIA. PÉS PEQUENOS | SP_BRASIL, 
LES INCOMPLÈTES | QUÉBEC_CANADÁ e TEATER REFLEKSION | AARHUS_DINAMARCA

Acesse AQUI a programação completa com detalhes sobre demais espetáculos participantes, oficina e mesas-redondas.

O IDEALIZADOR DO PROJETO

O GRUPO SOBREVENTO é uma das companhias de Teatro Animação que mais se apresentam no exterior. No Brasil, realizou diversos eventos internacionais e faz a curadoria de muitos Festivais Internacionais de Teatro e de Teatro de Animação. Desenvolve uma pesquisa avançada, teórica e prática, acerca do Teatro para Crianças, no Teatro de Animação. Tem renome internacional e uma carreira sólida de 27 anos. Tem recebido prêmios ou indicações para prêmios (Mambembe, APCA, Shell e Estímulo) e críticas elogiosas que destacam principalmente o aspecto da pesquisa e a inovação em cada montagem. Realizou em 2010 a Mostra PRIMEIRO OLHAR - I Encontro Internacional de Teatro para Bebês, em São Bernardo do Campo e, em 2011, o PRIMEIRO TEATRO: I Ciclo Internacional de Teatro para Bebês, em Brasília e no Rio de Janeiro.  http://www.sobrevento.com.br

Sobre as companhias participantes

LA CASA INCIERTA é precursora do Teatro para Bebês na Espanha e direciona seu trabalho a este público há mais de 13 anos. Realiza um Festival Internacional de Teatro para Bebês em seu país que já se encontra em sua décima edição. Seu diretor, Carlos Laredo, dirigiu por 10 anos o Festival Teatralia, um dos maiores eventos de artes para crianças da Europa, e também ocupou a direção da Rede de Teatros de Madri. http://lacasaincierta.com/

LES INCOMPLÈTES é uma companhia de criação teatral e de pesquisa inspirada na pluralidade das disciplinas artísticas. Atualmente, dedica-se principalmente as pesquisas voltadas para primeira infância, público que abre as portas para uma narrativa baseada na imagem e nas sensações. Com o objetivo de criar um vínculo social e enriquecer o processo de criação, a companhia também participa de projetos de ação cultural, visando aproximar a comunidade, os artistas e suas obras. Está sediada em Québec, onde existe uma longa tradição de espetáculos para o público infantil e onde acontece o Festival Petit Bonheurs que está em sua 10º edição. http://lesincompletes.com/

Fundada nos anos 80, REFLEKSION é uma das companhias mais importantes da Dinamarca. Dedica-se ao Teatro para Jovens, Crianças e Bebês. Com uma linguagem particular, que se vale da utilização de objetos, marionetes, atores e um grande apuro plástico, a companhia conquistou, por sua trajetória, o respeito de artistas, público e críticos, e tem recebido muitos prêmios em seu país. http://www.refleksion.dk/english/performances/songs-from-above.html

A CIA. PÉS PEQUENOS nasceu de uma pesquisa acerca da primeira infância iniciada em 2009, pelo Núcleo Trecos e Cacarecos – companhia teatral com vinte anos de existência, cujo repertório é centrado no trabalho para crianças e jovens. O grupo vê a criança como um indivíduo capaz de viver um acontecimento teatral e busca uma linguagem cênica capaz de propor a bebês, pais e educadores um diálogo sensível, proporcionando-lhes uma experiência de fruição artística. http://www.trecosecacarecos.com.br/teatroparabebes.htm

terça-feira, 2 de julho de 2013

Cia. Maurício de Oliveira e Siameses apresenta NIGREDO

O espetáculo Nigredo - vencedor do prêmio Bravo de melhor espetáculo do ano de 2012 - toma o seu nome da primeira fase da transformação alquímica, na qual existe uma matéria escura, a ser transformada em sucessivas etapas. E o nosso espetáculo começa na boca do narrador, sertanejo medieval e alquimista, e no mar, onde os seus ossos estão transformados em coral. E desse mar surge a sereia, brinquedo infantil e feiticeira arquetípica, com a força do transe, a desencadear uma tensa tempestade nos corpos moventes, que se tornam médiuns de enigmas. Personagens da commedia dell’arte, perenizados no Reisado nordestino como Mateus e Bastião, são unidos aos fundamentos alquímicos do sal e do enxofre. Um ser da tormenta, cabeça de sombra de algum corvo marinho, é o próprio princípio de uma arte arcana. As cerradas portas do destino são desafiadas pela invocação de rezas simultaneamente místicas e profanas. E a sereia, que dança no solo do Reisado nordestino, se torna a mítica melusina medieval. Na força do encontro com o andrógino alquímico, ela vem pedir licença para fazer cintilar a promessa da pedra filosofal na visão dos espectadores.

As apresentações acontecem nos dias 6, 7, 13 e 14 de julho, sábados e domingos, às 20h, no Espaço Sobrevento.




MAURICIO DE OLIVEIRA & SIAMESES

Sediada na cidade de São Paulo, a Companhia Maurício de Oliveira e Siameses nasceu em 2005. Desde então, procura uma linguagem ímpar com o objetivo o entendimento do aparato físico e mental do artista, de forma a provocar no espectador uma reverberação imediata, fazendo-o repensar a sua própria estrutura, bem como a interação e a ressonância de seus atos no meio em que vive.
O trabalho da Companhia baseia-se em fundir informações provenientes do estudo da Hatha Yoga (Iyengar), do balé clássico e de outras técnicas corporais que favoreçam a apreensão dos mecanismos de funcionamento da estrutura de integração corpo e mente. O desenvolvimento do hábito do pensar filosófico fez com que a reflexão fosse parte integrante e fundamental dos processos criativos.
Os trabalhos diários de preparação corporal desenvolvidos pela Companhia Maurício de Oliveira e Siameses ampliam as possibilidades de entrar em contato com outras referências de movimentos, permitindo ao artista abarcar mais informações no seu sistema corpo/mente com o objetivo de torná-lo mais hábil e com mais qualidades sensíveis, cinéticas e expressivas, instrumentalizando de maneira qualitativa seu corpo e a Dança.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

SOBREVENTO REESTREIA O COPO DE LEITE COM ENTRADA FRANCA

Volta a cartaz um dos espetáculos do Grupo que fundamentaram sua última montagem – São Manuel Bueno, Mártir –, em uma temporada com entrada franca

O GRUPO SOBREVENTO traz de volta a cartaz, de 1o a 30 de junho, o espetáculo O COPO DE LEITE, espetáculo para jovens e adultos que serviu como fundamento para São Manuel Bueno, Mártir, a última montagem do Grupo. Baseado em um texto de Manuel Rojas, um dos mais importantes escritores chilenos, compõe uma parte do repertório do Sobrevento que toca o tema FRAGILIDADE, objeto da pesquisa atual do Grupo. Com duração de 50 minutos, O COPO DE LEITE fica em cartaz no Espaço Sobrevento (Rua Coronel Albino Bairão, 42 – Metrô Bresser-Moóca), aos sábados e domingos, às 20h, com ENTRADA FRANCA. A temporada é subvencionada pelo Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo e algumas apresentações extraordinárias, às sextas-feiras, serão feitas em espanhol para atender a comunidade boliviana vizinha ao Sobrevento e estudantes de língua espanhola.

O COPO DE LEITE estreou no SESC Ipiranga, em 2007. Representou o Brasil em importantes Festivais na Espanha (Teatralia), em 2008, e no Chile (Temporales Teatrales), em 2010, apresentando-se em uma dezena de cidades destes dois países.

A montagem baseia-se no conto homônimo do escritor chileno Manuel Rojas, um dos mais importantes renovadores da literatura de seu país. O espetáculo marcou a primeira vez em que o grupo, reconhecido como um dos maiores especialistas brasileiros no teatro de animação, não contou com nenhum tipo de boneco em cena. Entretanto, sozinha no palco, Sandra Vargas - ganhadora de um Prêmio APCA de melhor atriz –constrói um espetáculo intimista, onde cada gesto é cuidadosamente planejado e desenhado, como na manipulação de um boneco.


A história e a história

O COPO DE LEITE mostra uma história dentro de outra história. Uma mãe vê seu filho desesperado perante as angústias e situações da adolescência. Para acalmá-lo, conta-lhe a história que sua mãe havia-lhe contado quando se encontrara na mesma situação. A história fala de um jovem marinheiro que viajava clandestino e que, abandonado em um porto qualquer, longe de casa, tem que enfrentar, sozinho, um mundo avesso a ele, bem como a própria inexperiência em lidar com ele. Inseguro, despreparado, orgulhoso, não aceita a ajuda de outros. Após seis dias sem comer e sem forças para trabalhar, decide enfrentar a situação e descobre que o mundo é mais simples do que imagina e que talvez seja próprio da idade fazer tempestades em copos de água.


Autor de destaque no Chile

Nascida no Chile, a atriz e adaptadora do texto, Sandra Vargas, conta que Rojas é um escritor destacado naquele país. “Ele inovou a forma de narração, valendo-se de elementos como o monólogo interior da personagem, e fugiu do naturalismo para uma espécie de hiper-realismo”, conta ela, que para montar pela primeira vez o texto no Brasil procurou a filha do autor, María Eugenia Rojas. “O Grupo mantém contato constante com ela, que nos tem ajudado muito”, afirma a atriz.

Na adaptação, Sandra procurou salientar a passagem dos adolescentes para a vida adulta e a constante busca da inclusão, do reconhecimento e do autoentendimento. “Rojas explora ambientes e personagens marginais e seu principal personagem, protagonista de quatro romances – que constituem a sua chamada ‘tetralogia da aprendizagem’ –, é justamente um jovem em formação”. Cruzando a história de Rojas com uma situação familiar, a adaptadora opta por dar relevo à cobrança e à rigidez dos jovens consigo mesmos, mais que a outros aspectos da obra.


SOBREVENTO sem bonecos

Em O COPO DE LEITE, o Grupo SOBREVENTO deixa os bonecos de lado, pela primeira vez, e enfoca o trabalho do ator. “Optamos pela total ausência de objetos em cena. Há apenas um tapete no palco e uma atriz com as mãos nuas”, informa o diretor Luiz André Cherubini. Ele conta também que preferiu a simplicidade e a delicadeza, além da proximidade com a plateia – acomodada sobre o palco, junto com a atriz – como um convite à reflexão. Algumas projeções de silhuetas, em um espaço todo branco, um figurino cuidado nos menores detalhes e som quadrifônico completam o quadro.

Manuel Rojas

Embora nascido em Buenos Aires, em 1896, Manuel Rojas é considerado um dos escritores mais importantes do Chile, país em que se radicou em 1912. Sua vida dura e rica de ofícios e viagens reflete-se em seus romances e contos, não só nas situações que desenvolve, mas também nas personagens marginalizadas que apresenta. Não por acaso, seu personagem mais importante é um adolescente, um jovem em formação, que protagoniza uma série de quatro romances, conhecida como Tetralogia da Aprendizagem (escrita entre 1951 e 1971). Morreu em 1973, deixando uma obra importante e transformadora da literatura de seu país.


O Grupo Sobrevento

O SOBREVENTO é um Grupo de Teatro profissional que busca apresentar, experimentar, desenvolver, inovar, aperfeiçoar, difundir, multiplicar, valorizar, fortalecer, ensinar, aprender e estudar o Teatro de Animação, desde 1986. É reconhecido, nacional e internacionalmente, como um dos maiores especialistas brasileiros da área. O Grupo tem, hoje, oito espetáculos em repertório – destinados a diferentes públicos e espaços – com os quais ganhou alguns dos Prêmios mais importantes do país. Em suas andanças, viajou por todo o Brasil, do Acre ao Rio Grande do Sul, e apresentou-se em mais de uma centena de cidades não só do Brasil, mas também da Espanha, Irlanda, Escócia, Argentina, Chile, Colômbia, Angola, Irã, México, Suécia e Estônia.


Para roteiro:
O COPO DE LEITE – De 1o a 30 de junho – sábados e domingos, às 20h. Um espetáculo do Grupo Sobrevento. Com Sandra Vargas. Texto: Manuel Rojas. Adaptação: Sandra Vargas. Direção: Luiz André Cherubini. ENTRADA FRANCA. Duração: 50 minutos.  Não recomendado para menores de 14 anos. Até 30 de junho.

ESPAÇO SOBREVENTO – Rua Coronel Albino Bairão, 42 – Metrô Bresser-Mooca. Fone: (11) 3399-3589. Capacidade – 80 lugares. Bilheteria – abre uma hora antes da apresentação. Acesso para deficientes físicos. www.sobrevento..br

CONTATO IMPRENSA:
GRUPO SOBREVENTO – (11) 3399-3589 / (11) 9-9237-5132

quarta-feira, 3 de abril de 2013

A CORTINA DA BABÁ ENTRA EM CARTAZ NO ESPAÇO SOBREVENTO



Depois de cumprir temporadas durante os meses de janeiro e fevereiro nos SESCs Pompeia e Santana, o espetáculo de Teatro de Sombras para crianças volta ao Espaço Sobrevento. A temporada terá ENTRADA FRANCA e acontecerá aos sábados e domingos, às 16h, de 6 a 28 de abril. Haverá ainda sessões direcionadas a escolas públicas. 


A temporada integra o Projeto Fragilidade, realizado pelo SOBREVENTO graças ao apoio do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

Com quatro atores-manipuladores, música original criada por Pedro Paulo Bogossian, cenografia e figurinos de André Cortez, A CORTINA DA BABÁ é a primeira experiência do SOBREVENTO com o Teatro de Sombras. Partindo da forma tradicional chinesa, aprendida com Liang Jun – diretor da maior companhia de Teatro de Sombras da China – o espetáculo chega a uma ruptura com a técnica ortodoxa em prol de um estilo mais contemporâneo, por meio da utilização de diferentes suportes de projeção, materiais e fontes de luz. O espetáculo foi realizado com o apoio do GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA - PROGRAMA DE AÇÃO CULTURAL – 2010 e o apoio cultural do Instituto Alfa de Cultura.

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